Nos dias atuais, todos nós estamos sendo vistos e vigiados pelas poderosas lentes dos smartphones, das câmeras colocadas em lugares estratégicos — nas ruas e avenidas, nos parques e praças públicas, nas rodoviárias e nos aeroportos, nos shoppings e nos hospitais, nos nossos condomínios e residências, nos trens e nos aviões, nas fábricas e nos escritórios onde trabalhamos. Todos nós estamos nus.
Lembro-me de que, quando estudante nos EUA, parte da sociedade americana conservadora protestava com veemência contra o avanço da tecnologia, alegando que todos estariam participando de um grande Big Brother. Sua privacidade e liberdade seriam destruídas.
Hoje, sabemos que qualquer movimento que fazemos, palavra que proferimos, gesto ou até mesmo a roupa que vestimos está sendo observado.
Baltasar Gracián, no século XVII, escreveu:
“Pessoa circunspecta é aquela que vê que é vista ou que será vista. Saber que as paredes têm ouvidos e que o malfeito tende a prorromper. Mesmo a sós age como se estivesse à vista de todo mundo, porque sabe que tudo se saberá; já considera agora testemunhas aqueles que o serão mais tarde por informação. E houve quem não se incomodasse que os vizinhos o obsedassem em sua casa, desejando que todo o mundo o visse.”
Esses são os verdadeiros. Não importa como se comportam. Eles querem aparecer. Observem as redes sociais e vejam como muitos querem ser vistos. Eles (as) usam de todo tipo de vulgaridade.
Já parou para pensar no que o seu corpo está dizendo quando sua boca está em silêncio?
A linguagem corporal é a nossa forma mais primitiva — e poderosa — de comunicação. Muitas vezes, ela fala antes mesmo de abrirmos a boca.
E aqui vai uma provocação: e se você começasse a agir como se estivesse sendo observado o tempo todo?
Calma, não estamos falando de paranoia. Estamos falando de consciência. Daquele cuidado intencional com a postura, com os gestos, com o olhar. Porque, quer você queira ou não, você está comunicando o tempo todo.
Ralph Wald – “As ações falam mais alto do que as palavras.”
Imagine que você entra em uma sala cheia de gente. Não conhece ninguém. Senta-se, cruza os braços, olha para o celular e se fecha. Agora imagine que você entra, sorri com os olhos, cumprimenta com a cabeça e mantém uma postura ereta. Mudou tudo, não é?
Aja como se alguém estivesse vendo — porque provavelmente está. Seja no ambiente profissional, em redes sociais ou numa conversa informal, sua linguagem corporal é interpretada em segundos. E ela pode abrir portas… ou fechá-las.
5 sinais corporais que dizem mais do que palavras:
1. Postura: Ombros curvados e cabeça baixa transmitem insegurança. Uma postura alinhada passa confiança e presença.
2. Olhar: Fuga de olhar pode indicar desconforto ou mentira. O contato visual adequado gera conexão e confiança.
3. Expressão facial: Um leve sorriso pode suavizar qualquer ambiente. Já a tensão facial pode afastar.
4. Gestos com as mãos: Mãos escondidas ou inquietas causam desconfiança. Gestos naturais reforçam a fala e demonstram transparência.
5. Distância corporal: Aproximação excessiva pode ser invasiva. Muita distância pode parecer desinteresse.
“A linguagem corporal é uma ciência invisível. Aprenda a usá-la e você ganhará vantagem em qualquer ambiente.” – Joe Navarro, ex-agente do FBI e especialista em comunicação não verbal.
Na próxima reunião, caminhada ou até num bate-papo informal, faça um teste:
Aja como se alguém importante estivesse te observando.
A diferença não será só externa. Você vai se sentir mais presente, mais confiante, mais alinhado com quem deseja ser.
Seu corpo já é uma mensagem. Resta saber se você está no controle dela.
Redigido e postado por Gutemberg B. de Macedo Presidente da Gutemberg Consultores