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Burnout – Uma ameaça a carreira e a própria vida.

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Gutemberg B. de Macedo

Uma história de 40 anos de atuação no mercado, que se solidificou em uma empresa nacional, com filosofia e estratégias globalizadas.

Vivemos em um período da história humana marcada por distúrbios psíquicos causados por diferentes fatores, tais como: carga de trabalho excessiva, ambiente de trabalho tóxico, pressão excessiva por resultados – a tirania do semestre -, problemas pessoais e conflitos familiares etc.

De acordo com um levantamento realizado pelo Internacional Stress Management Association, o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados, sendo superado apenas pelo Japão, onde 70% da população é afetada pelo problema. Globalmente, o burnout chega a impactar a vida de 264 milhões de pessoas. Este é um número significativo e deve aumentar ainda mais com os graves problemas que ameaçam e impactam a sociedade moderna.

O sinal vermelho está aceso em toda parte. É preciso encarar o burnout como uma doença séria, potencialmente crítica e que necessita ser tratada com muita seriedade, generosidade e paciência.

Nos últimos três meses assessorei três profissionais em nível C, os quais foram vítimas do burnout e que o descreveram de maneira amargurada – “Sorrateiramente você vai perdendo a vontade de fazer qualquer coisa. O seu desempenho declina e você azeda os seus relacionamentos, entre outras questões não menos importantes.

Vivemos na era da alta performance, onde a busca incessante por crescimento pessoal e profissional se tornou um mantra moderno. Frases como “seja sua melhor versão” ou “o sucesso está fora da zona de conforto” são amplamente disseminadas, incentivando-nos a sempre querer mais. Mas e quando essa pressão por evoluir se torna um fardo?

O burnout do autoaperfeiçoamento é um fenômeno cada vez mais presente, caracterizado pelo esgotamento causado pela obrigação de melhorar constantemente. A linha entre evoluir e se exaurir pode ser tão tênue que muitos só percebem quando já estão imersos em fadiga extrema e insatisfação crônica.

Autoaperfeiçoamento deve ser um processo de evolução consciente, e não uma prisão mental. Mas, com tantas demandas por produtividade, qualificação e alta performance, muitas pessoas se sentem sobrecarregadas e culpadas por não atingirem padrões irreais.

Como bem pontuou o psicólogo Adam Grant: “Descansar não é preguiça. Recuperar-se não é desperdício de tempo. O verdadeiro sucesso vem do equilíbrio entre esforço e recuperação.”

A incessante busca pelo aprimoramento pode gerar:

✅ Fadiga física e mental constante;

✅ Sensação de insuficiência, por mais que conquiste;

✅ Ansiedade pela próxima meta, sem celebração das conquistas;

✅ Autoestima atrelada exclusivamente ao desempenho.

Se identificar com esses sinais é um alerta de que o autoaperfeiçoamento pode ter se transformado em um ciclo exaustivo.

A resposta não está em parar de evoluir, mas sim em adotar uma abordagem mais sustentável para o crescimento. Aqui estão algumas estratégias para evitar o burnout do autoaperfeiçoamento:

🔹 Defina metas alcançáveis: Objetivos inalcançáveis criam frustração. Divida seu crescimento em passos menores e celebre as pequenas vitórias.

🔹 Aprenda a valorizar o descanso: Como disse Arianna Huffington, “O burnout não é um sinal de sucesso, mas sim de que algo precisa mudar.” O descanso é parte essencial da produtividade.

🔹 Pratique o auto acolhimento: Ser exigente consigo mesmo é bom, mas seja também gentil. Nem todo dia será de alta performance, e isso é normal.

🔹 Diferencie crescimento de autossabotagem: Buscar evoluir é positivo, mas quando isso se torna uma cobrança constante e insatisfação recorrente, é hora de repensar.

A evolução profissional e pessoal é essencial, mas deve ser acompanhada de equilíbrio. O autoaperfeiçoamento não deve ser um peso, e sim um processo de aprendizado prazeroso. Como destacou Brené Brown: “A perfeição é uma ilusão, mas a autenticidade é real.”

Se você sente que está sempre correndo atrás de um padrão inalcançável, talvez seja o momento de redefinir suas prioridades. Crescer é importante, mas se manter bem para continuar essa jornada é ainda mais essencial.

Como leitor voraz e conselheiro para profissionais ao longo de 50 anos, recomendo para sua leitura, os seguintes livros:

> O Executivo em Harmonia de Joanne H. Gabinete

> When It’s Never Enough: Daily Reflections of a Work Addict de Alexia H.

> Essencialismo – A Disciplinada Busca por Menos de Greg McKeown.

Redigido e postado por Gutemberg B de Macedo, Presidente da Gutemberg Consultores.

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