Vivemos em um mundo novo e em constante mudanças. Como diz a música popular, “Tudo muda o tempo todo. Nada do que foi será do jeito que já foi um dia.”
Desejar voltar aos velhos ‘bons tempos’ é romantizá-los. Eles também os seus problemas – doenças, epidemias, secas, pragas, guerras, etc.
Os dias atuais, apesar de todos os seus problemas e desafios é muito superior aos dias que se foram e jamais voltarão por mais que desejemos. Hoje temos recursos de toda natureza em abundância e temos vidas mais longas.
Neste mundo veloz todos têm pressa e estão sempre correndo, muitas vezes, sem saber por que corremos tanto. É como se estivéssemos correndo atrás do vento. Poucos, muito poucos, sabem fazer uma pausa de curta, média ou de longa duração. Não é de se admirar que milhares se sentem fadigados, estressados, deprimidos ou à beira da exaustão física, psicoemocional e mental. Aqui, vale repetir a sábia indagação feita por Salomão, estadista e intelectual judeu; “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se fadiga debaixo do sol?” É bom saber que poucas coisas na vida valem o preço da sua saúde física, mental e psíquica. Há um provérbio iugoslavo que diz: “Um bom descanso é metade do trabalho.” Não raro, o descanso é a única motivação de que precisamos para seguir em frente firmes e fortes. Além disso, a pausa nos dá clareza. É no descanso que surgem as ideias, que organizamos nossos pensamentos e nos contentamos com o que realmente importa.
Há 30 dias aproximadamente recebi um telefonema de um ex-cliente que se dizia estar muito mal: “Mestre, há dias que não consigo dormir. Estou tomando fortes drogas que me deixam sem vontade de viver. Para continuar assim, prefiro morrer.”
Este profissional é um workholic e sempre mantém um ritmo de trabalho alucinante – 14 hrs. por dia. Ele raramente faz pausas no trabalho. Ele é escravo do trabalho e não seu senhor.
Nos dias atuais, as pausas se fazem necessárias para aliviar as terríveis e pesadas demandas da vida e da carreira profissional. É bom frisar que muitos não resistem e sucumbem prematuramente.
Lembro-me que assessorei um diretor industrial de grande empresa multinacional do Vale do Paraíba, São José dos Campos, que ao se preparar para sair de casa a fim de receber uma nova proposta de trabalho, sofreu um ataque cardíaco mortal aos 46 anos de idade.
Durante seu funeral sua esposa me disse que ele não sabia parar, a fim de descomprimir suas tensões.
Certamente, o leitor deve conhecer muitos casos semelhante.
Infelizmente, muitos de nós sempre achamos que podemos correr e correr atrás do vento sem consequência. É bom destacar: Ninguém sabe a hora da partida deste plano terrestre para a eternidade.
A agressão ao corpo é uma violação ao Criador. Ele nos deu vida para que a vivêssemos em sua plenitude, saudáveis, felizes, bem-humorados e aproveitando cada segundo de maneira sabia. Saliento que o próprio Criador do Universo descansou após concluir sua obra criativa no sétimo dia.
Quantas vezes você já sentiu que precisava de uma pausa, mas ignorou esse sentimento para “dar conta de tudo”? O mundo moderno nos empurra para um ritmo acelerado, pois se desacelerar fosse sinônimo de fracasso. Mas e se eu te dissesse que as pausas são justas ou que nos tornam mais produtivos e equilibrados?
“Às vezes, o que mais precisamos é de uma pausa para ver as coisas com mais clareza.” – Ellen Goodman
Por que fazer pausas é essencial?
Nosso cérebro não foi projetado para ser em modo produtivo ou tempo todo. Estudos mostram que pausas regulares aumentam a capacidade de concentração, a criatividade e até a tomada de decisões. Segundo a American Psychological Association, pequenas pausas ao longo do dia ajudam a reduzir o estresse e prevenir o esgotamento profissional.
Já viu como as melhores ideias surgem quando você está no banho, caminhando ou simplesmente respirando fundo por alguns minutos? Isso acontece porque, ao sair do estado de “hiper foco”, damos espaço para novas conexões neurais se formarem.
E não trabalho? Parar não é perder tempo?
Pelo contrário! Em um experimento da Universidade de Illinois, pesquisadores descobriram que trabalhadores que fazem pausas estratégicas ao longo do dia são mais produtivos e cometem menos erros daqueles que tentam trabalhar sem interrupções.
A famosa técnica Pomodoro, por exemplo, sugere 25 minutos de foco intenso seguidos de 5 minutos de descanso. Parece simples, mas essa estrutura respeita o funcionamento natural do nosso cérebro e evita o cansaço excessivo.
Se até as máquinas precisam de manutenção, por que seria diferente?
“A vida não é uma corrida. É uma jornada a ser apreciada a cada passo do caminho.” – Anônimo
E na vida? Quando foi a última vez que você realmente descansou?
Vivemos em um mundo onde estar ocupado virou um status. Mas será que preencher a agenda do dia significa viver melhor? O descanso não é um luxo, é uma necessidade!
Pausas não precisam ser grandiosas. Podem ser momentos simples, como:
✅ Tomar um café sem olhar para o celular
✅ Respirar fundo antes de começar uma nova tarefa
✅ Dar uma volta no quarteirão no meio do expediente
✅ Passar um tempo offline no final de semana
Permitir-se pausar é um ato de autocuidado e inteligência. Afinal, quem corre sem descanso, cedo ou tarde, se esgota.
O que vai acontecer hoje?
Agora me conta: como você lida com as pausas no seu dia a dia? Você já sentiu que parar um pouco fez toda a diferença para sua produtividade e bem-estar? Compartilhe aqui nos comentários! Vamos juntos compensar a importância do descanso.
Redigido Postado por Gutemberg B de Macedo, Presidente da Gutemberg Consultores