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A preguiça é a chave da pobreza

Gutemberg B. de Macedo

Gutemberg B. de Macedo

Uma história de 40 anos de atuação no mercado, que se solidificou em uma empresa nacional, com filosofia e estratégias globalizadas.

O título deste post estava impresso na última página da minha primeira cartilha de alfabetização, quando eu tinha apenas três anos de idade. Nunca a esqueci e a adotei como princípio de vida. Tive como professora a senhora Estela Vieira, uma profissional severa e comprometida em instruir com excelência seus dois alunos particulares – eu e minha irmã, Maria da Paz.

Meus pais sempre foram extremamente exigentes com a educação de seus nove filhos e, também, em ensiná-los a trabalhar desde cedo. Por isso, meu pai nunca se cansava de dizer: “Nunca permitam que o sol os apanhe na rede. O trabalho é honroso, não importa a sua natureza.”

Aprendi muito cedo com minha primeira professora de História Geral que, no pensamento grego, o trabalho é definido como imitação e complemento da natureza. Na época patrística e escolástica, atribuía-se ao trabalho um valor soteriológico: ele era visto como instrumento de purificação e salvação.

No princípio da Igreja Cristã, o apóstolo, em uma de suas cartas, escreveu de maneira categórica: “Se alguém não quer trabalhar, deixe também de comer.” (II Tessalonicenses 3:10).

Leon Tolstoi (1828-1910), considerado um gênio da literatura russa, escreveu: “Você nunca deve sentir vergonha de seu trabalho, mesmo o mais humilde e sujo, mas deve sentir vergonha apenas da sujeira moral, que é a ociosidade de seu corpo, resultado direto do consumo do trabalho do outro.”

Martin Luther King, pastor batista e doutor em Teologia pelo Union Theological Seminary, líder do movimento civil nos EUA, afirmou: “Todo trabalho que eleva a humanidade tem dignidade e importância e deve ser realizado com meticulosa excelência.”

No início da formação dos EUA, havia estados que prendiam aquelas pessoas que não queriam trabalhar e não colocavam seus filhos na escola para estudar. Na Holanda, sob domínio do calvinismo, acontecia o mesmo.

Caro leitor, não existem atalhos – cortar caminhos, se encostar ou depender de outras pessoas não levará ninguém longe. Vivemos em um mundo que recompensa a produtividade, a disciplina e o esforço contínuo. No entanto, muitos subestimam o impacto da preguiça em suas vidas, sem perceber que ela é a chave que abre as portas da pobreza e do fracasso.

Desde tempos antigos, sábios e estudiosos alertam sobre os perigos da inércia. Salomão, em sua sabedoria, deixou registrado:

  • “O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se fartará.”
  • “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, olha para os seus caminhos e sê sábio.”
  • “O preguiçoso diz: ‘Um leão está no caminho; serei morto na rua!’”

Baltasar Gracián, em sua obra publicada em 1637, também fez uma reflexão sobre o tema:

  • “Nenhum preguiçoso chega ao topo. A grandeza é reservada àqueles que, com diligência, constroem seus próprios caminhos.”

A preguiça não se manifesta apenas na falta de trabalho, mas também na falta de iniciativa, na procrastinação constante e na busca por atalhos que, no fim, levam ao retrocesso.

  • Ricardo Monteiro (nome fictício), ex-gerente de uma grande corporação, perdeu sua posição ao negligenciar prazos e compromissos. Sua falta de proatividade fez com que fosse substituído por alguém mais comprometido.
  • Joseph Wills, um empreendedor promissor, viu seu negócio ruir porque preferia delegar todas as tarefas a terceiros sem envolvimento pessoal. Quando percebeu, sua empresa já estava condenada.
  • Marcos Pereira (nome fictício), um profissional talentoso, nunca cresceu na carreira porque evitava desafios e se acomodava em uma zona de conforto que nunca o levou a lugar nenhum.

Esses exemplos demonstram que a preguiça não apenas impede o crescimento, mas também pode ser a causa direta da ruína profissional e financeira.

Como a preguiça destrói o potencial humano:

  • ❌ Deixa oportunidades passarem por medo ou comodismo.
  • ❌ Transforma pequenos atrasos em grandes fracassos.
  • ❌ Faz com que profissionais fiquem estagnados, enquanto outros avançam.

A disciplina e o trabalho são os maiores aliados do sucesso. Quem evita esforço e comprometimento inevitavelmente acaba no caminho da mediocridade.

O Caminho da Disciplina: Como Evitar a Armadilha da Preguiça

Grandes líderes e profissionais de sucesso têm em comum o comprometimento com suas metas e a disciplina de agir mesmo quando a motivação está em baixa.

  • Tome iniciativa: Se você deseja crescer, precisa sair da inércia e agir. Pequenos passos diários geram grandes resultados no longo prazo.
  • Tenha metas claras: Saber onde quer chegar ajuda a manter o foco e evita a acomodação.
  • Supere a zona de conforto: O crescimento está sempre fora do que é fácil. Desafie-se constantemente.

Pessoas que dominam sua disciplina e têm um forte senso de responsabilidade conseguem construir carreiras sólidas e alcançar objetivos ambiciosos. A preguiça, por outro lado, leva ao esquecimento e à irrelevância.

Se você deseja mudar sua realidade, comece mudando seus hábitos. O sucesso é resultado de esforço e constância. No fim das contas, quem escolhe a preguiça também escolhe a pobreza.

O ingrediente mais poderoso do sucesso e da fortuna é o trabalho inteligente, duro e persistente. Portanto, como eu, mantenha em sua mente a frase: “A Preguiça é a Chave da Pobreza.”

Redigido e Postado por Gutemberg B de Macedo, Presidente da Gutemberg Consultores

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