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Incontinência verbal: uma ameaça à carreira executiva

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Gutemberg B. de Macedo

Uma história de 40 anos de atuação no mercado, que se solidificou em uma empresa nacional, com filosofia e estratégias globalizadas.

Na era da comunicação instantânea, falar o que se pensa pode ser um risco significativo para qualquer profissional, especialmente para aqueles que estão no topo da pirâmide corporativa.

Salomão, intelectual e político sagaz, alertou seus súbitõs há mais de 2.700 anos com as seguintes palavras:

  • “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente.”
  • “A língua dos sábios adorna o conhecimento.”
  • “A língua serena é árvore de vida.”
  • “A boca do insensato é a sua própria destruição.”

Baltasar Gracián, em sua obra publicada em 1637, escreveu:

  • “Sem mentir, não dizer todas as verdades. Não há nada que exija mais tato do que a verdade, pois ela é um transbordar do coração. É preciso tanto para saber dizê-la quanto para saber retê-la. Perde-se, pois, com uma única mentira toda a reputação de integridade. […] Nem todas as verdades podem ser ditas: algumas por nossa causa, outras, por causa dos outros.”

Na Epístola de Tiago às doze tribos dispersas, ele alertou:

  • “A língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro. Não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas.”

Lembremo-nos de figuras históricas como Hitler, Fidel Castro e Hugo Chávez, cujas palavras moldaram o destino de nações.

Conheço inúmeros profissionais que viram suas carreiras descarrilar devido à incontinência verbal. Se você tem o hábito de falar demais – “pelos cotovelos” – tenha cuidado para não comprometer sua carreira e o futuro de sua família. Pense antes de falar. Todo tolo se perde por falar demais.

Casos reais de carreiras interrompidas por incontinência verbal:

  • Albert Rozemberg (nome fictício), ex-vice-presidente de uma multinacional norte-americana, perdeu seu cargo após uma apresentação ao CEO na qual disse o que não devia.
  • Neil French, diretor de criação da empresa de publicidade britânica WPP Group, solicitou sua demissão após comentários considerados ofensivos às mulheres na publicidade.
  • Diogo Azevedo (nome fictício), diretor industrial de uma grande empresa canadense, foi recentemente demitido por não saber filtrar suas palavras. Ele sofria de “diarreia verbal”.

Todos esses executivos ignoraram conselhos milenares, como:

  • “Mantenha sua boca fechada. Pense na sua língua como uma arma mortífera.”
  • “É melhor manter a boca fechada e parecer estúpido do que abri-la e remover a dúvida.”

Você já se arrependeu de algo que disse em uma reunião? Percebeu que uma fala impensada comprometeu sua posição profissional? No mundo executivo, as palavras são ferramentas poderosas – podem construir ou destruir carreiras. A incontinência verbal, ou a incapacidade de controlar o que se diz, é um risco silencioso que pode minar o crescimento de um líder.

O impacto da incontinência verbal na carreira executiva:

  • ❌ Falar sem filtro pode gerar ruídos e dificuldades em negociações estratégicas.
  • ❌ Opiniões não solicitadas podem criar conflitos desnecessários dentro da equipe.
  • ❌ Detalhes vazados podem comprometer a confidencialidade de informações estratégicas.

Se um líder não domina sua comunicação, transmite uma imagem de falta de controle, insegurança ou, pior, de imprudência.

Autocontrole: O diferencial dos grandes líderes

Executivos de alto nível compreendem que a escuta ativa vale mais do que a fala precipitada. O silêncio, quando bem utilizado, pode ser um ativo estratégico.

  • Pense antes de falar: Essa informação agrega valor ou é apenas um comentário impulsivo?
  • Adapte sua comunicação ao contexto: Nem tudo deve ser compartilhado publicamente. Filtre a audiência e o momento certo para cada fala.
  • Pratique a escuta ativa: Grandes líderes falam menos e ouvem mais. Isso fortalece relações e transmite autoridade.

Líderes que dominam sua comunicação têm mais chances de consolidar influência e respeito. Executivos reconhecidos pelo mercado são aqueles que sabem se expressar com clareza, objetividade e inteligência emocional.

A incontinência verbal pode ser uma ameaça invisível, mas o autocontrole comunicacional é um diferencial competitivo. No fim das contas, sua fala pode ser um trampolim para o sucesso ou um abismo para sua confiança.

E você, já enfrentou desafios relacionados à comunicação no ambiente executivo? Como lida com isso? Compartilhe sua visão nos comentários!

Redigido e Postado por Gutemberg B de Macedo, Presidente da Gutemberg Consultores

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