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Mentoring – A arte de modelar pessoas

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Gutemberg B. de Macedo

Uma história de 40 anos de atuação no mercado, que se solidificou em uma empresa nacional, com filosofia e estratégias globalizadas.

“Minha mãe deixou a mesma brilhante impressão aos meus olhos pueris. Para mim, ela brilhava como a Estrela Vespertina. Eu a amei profundamente”.

Winston Churchill, 1874 – 1965

Minha Mocidade, 1930

Durante os últimos anos muito se tem falado e escrito sobre a importância e o papel de Programas de Mentoring nas organizações como instrumento de criação e desenvolvimento de novas lideranças.

Como estudante e conferencista sobre o assunto, destaco que esse assunto sempre ocupou lugar relevante nos lares das pessoas bem-sucedidas – militares, estadistas, professores, cientistas, pesquisadores, empresários e executivos. 

A palavra “Mentor” nos chegou por meio da obra de Homero, lendário poeta épico da Grécia antiga, “Odisséia”, século IX a. C..

Odisseu (“Ulises”) preparava-se para lutar na Guerra de Tróia, quando se lembrou que estava deixando seu único filho Telêmaco. Nesse caso, confiou a educação de seu filho a Mentor, homem íntegro, sensível e sábio.

A história da palavra “mentor” é instrutiva por vários motivos segundo Chip R. Bell, autor do best seller Customers As Partners:

  1. Sublinha o legado da natureza do Mentoring. À semelhança de Odisseu, grandes líderes se esforçam para deixar um legado – a formação de grandes homens ou substitutos. Isso se dá por meio da influência que exerce sobre as outras pessoas. Eu pessoalmente creio que influenciar significa fazer a diferença na vida de outra pessoa. Esse é um processo longo e demorado. Portanto, não ocorre com um simples curso ou mesmo a leitura de um livro sobre o assunto.
  2. Mentor, homem maduro e experiente, combinava a sabedoria de sua experiência com alto nível de sensibilidade humana a fim de preparar Telêmaco para o exercício do poder. Afinal seu pai deveria ficar ausente do centro do Poder por sete anos aproximadamente.
  3. Mentores eficazes são como amigos. Seu propósito é criar e fomentar um contexto de crescimento e enriquecimento. Eles sabem que “mentoring” não significa discurso eloquente, comentário pretencioso ou julgamento de valor. É o exemplo que interessa
  4. Mentores não têm a pretensão de ensinar, mas de aprender. Daí a observação de Winston Churchill, “Em geral, as palavras curtas são as melhores e as palavras antigas as melhores de todas”.

Mentoring pode ser um poderoso instrumento para compartilhamento de novos saberes, experiências valiosas e de sabedoria. Mas é bom frisar que quando o mentoring é mal utilizado ele pode se constituir em um verdadeiro pesadelo para os “mentorees”, pois em vez de serem libertados eles se tornam escravos de maus mentores.

Aqui estão algumas dicas para identificar o mau mentor:

  1. Ele diz saber mais do que todas as outras pessoas. Nesse sentido, Confúcio, filósofo chinês, recomendava: “Que ninguém seja chamado de sábio sem antes provar que é capaz de julgar uma questão por, no mínimo, oito lados”.
  2. Ele promete ao mentoree sucesso rápido em sua carreira. Novamente, permita-me chamar em meu socorro o filósofo chinês quando ensinou: “Não investir toda a energia no sucesso rápido nem ver apenas as pequenas vantagens. Quem visa somente ao sucesso imediato não alcança a meta. E quem enxerga apenas as pequenas vantagens deixa de aproveitar as grandes”. A virtude mais importante de um mentor é a paciência.
  3. Ele é pobre culturalmente e tem medo da crítica.

O mentor ideal desenvolve a si mesmo em primeiro lugar – ele estuda e pesquisa continuamente. Sim, ele sabe que o conhecimento se renova todas as manhãs e que a história da humanidade é escrita a cada segundo.

  1. Ele não tem princípios éticos. O seu discurso muda sempre que os honorários profissionais estão em jogo. Portanto, ele não encara o mentoring como um processo de transformação.

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