No livro O Fim da Burocracia e a Ascensão da Organização Inteligente, Gifford e Elizabeth Pinchot confrontam diretamente as principais questões organizacionais que ameaçam a existência das corporações atuais. Eles demonstram por que a burocracia não é mais eficaz e afirmam que “a burocracia não é mais apropriada para a era da informação do que a servidão foi para a era industrial. Apenas a liberdade e a comunidade funcionarão” (Pinchot & Pinchot, 1993).
Na complexa economia mundial atual, intensiva em inteligência, as organizações não podem mais confiar exclusivamente na inteligência de alguns poucos no topo da hierarquia. Segundo os autores, “a quantidade de pensamento estratégico necessária para lidar com as diversas demandas de clientes, diferenças culturais, avanços tecnológicos e cenários futuros exige o envolvimento de todos os membros da organização” (Pinchot & Pinchot, 1993).
Os Pinchots descrevem o conceito de “organização inteligente”, uma estrutura que desenvolve e envolve a inteligência, o julgamento empresarial e a responsabilidade coletiva de todos os seus membros. Ao utilizar plenamente o potencial de cada funcionário, uma organização pode responder de forma mais eficaz às demandas de clientes, parceiros e concorrentes. Como os autores destacam, “empresas que liberam o potencial humano são aquelas que prosperam em um mundo em constante mudança” (Pinchot & Pinchot, 1993).
O livro explora como as organizações inteligentes criam condições para a liberdade de escolha e responsabilidade compartilhada, fornecendo um guia abrangente para:
Estabelecimento de mercados livres internos (Pinchot & Pinchot, 1993).
- Promoção da liberdade empresarial.
- Formação de equipes autônomas.
- Construção de comunidades no local de trabalho.
- Valorização da igualdade e diversidade.
- Desenvolvimento de redes de aprendizagem voluntárias.
- Implementação do autogoverno democrático.
- Estabelecimento de múltiplas fontes de autoridade.
- Limitação do governo corporativo.
- A burocracia sufoca. Sobrecarrega. Suga nossa criatividade.
As organizações burocráticas não conseguem mais competir de forma eficaz, tornando-se evidente que um ambiente de trabalho baseado no empoderamento e no trabalho em equipe prosperará. A implementação de uma cultura organizacional inteligente aprimora a liderança ao:
- Estimular o pensamento criativo e inovador (Pinchot & Pinchot, 1993).
- Fomentar o espírito empreendedor dentro das grandes corporações.
- Maximizar o desempenho de cada colaborador.
- Aumentar a produtividade pessoal, independentemente da hierarquia.
Artigo escrito por Gutemberg B de Macedo, Presidente da Gutemberg Consultores e Álvaro Augusto Mello, Ph.D., Consultor Empresarial.